Enfim
Após três anos, CEU Dunas deve ser inaugurada em 2017
Emperrada após rompimento de contrato com construtora, obra foi retomada em janeiro
Jerônimo Gonzalez -
Após quase três anos marcados por muita burocracia, a Praça CEU Dunas dá sinais de que finalmente terá inauguração em breve. O projeto, que pretende beneficiar dez mil pelotenses, teve as obras retomadas em janeiro.
O imbróglio teve início em junho de 2014, quando a prefeitura notificou a Compassos Engenharia Ltda, de Camaquã, empresa responsável pela obra no loteamento Dunas, para que retomasse os trabalhos após mais de dois meses sem avanços. O argumento para o atraso, à época, foi o excesso de chuvas. Sem o cumprimento dos prazos, o contrato foi rompido e uma nova licitação precisou ser preparada, com realinhamento do orçamento, excluindo deste aquilo que já havia sido feito, e aprovação na Caixa Econômica Federal, por onde a verba é disponibilizada via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Exatos dois anos depois o então prefeito Eduardo Leite (PSDB) lançou concorrência pública para empresas interessadas em concluir o trabalho. A empresa pelotense Modelar foi selecionada e deu sequência aos trabalhos.
Na primeira quinzena, as três secretarias envolvidas na obra - Cultura, Educação e Desporto e Cidadania e Assistência Social - se reuniram para definir os passos seguintes da obra. A engenheira Gisela Frattini afirma que ficou acordado como próximo passo o lançamento de licitação para a compra de equipamentos e mobiliários.
População desesperançosa
Nas redondezas da obra, o clima não é otimista, mesmo com a retomada dos trabalhos em janeiro. "A gente está aqui desde que começou, assistimos a tudo. Quer que a gente tenha esperança como?", indaga Nilsa Neujahr, dona de um mercado localizado em frente onde será instalada a Praça CEU. "Se for concluída, vai ser muito bom, porque aqui no Dunas não tem muita coisa", diz a moradora Márcia Santos, com igual pessimismo.
À desconfiança, a Secult responde com o otimismo pela instalação de um novo espaço cultural na cidade. Estão previstos para o local, entre outros equipamentos, uma biblioteca com cinco mil exemplares, um cineteatro com 60 lugares, uma academia ao ar livre, uma pista de caminhada e outra para skate, uma quadra poliesportiva e uma sala multiuso, além de um Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
Ainda não há, porém, uma ideia para a conclusão das obras. O secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales, justifica com a troca de empresa. "Existe um cronograma, mas sempre que um contrato é rompido, uma nova licitação é feita e outra instituição abraça o projeto e existe um trancamento inicial." Apesar dos contratempos, Morales se diz satisfeito com o ritmo dos trabalhos desde o início de 2017.
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